OBRIGADO REI!


Escrever um texto para falar sobre a morte de alguém não é fácil. Quando essa pessoa é um símbolo do seu povo, no caso meu povo também, é mais difícil ainda. Agora quando o homem em questão é Pelé, as palavras misturam-se a um sentimento de dor e tristeza singular. O Rei do futebol, o símbolo máximo do Brasil nos deixou.

O futebol está de luto! Pelé nos deixou.

O Brasil perdeu seu filho mais ilustre e o futebol chora a partida do seu maior representante. Na história do esporte bretão com alma brasileira, existe uma cronologia peculiar: antes de Pelé e depois de Pelé. Nenhum atleta em momento algum fez mais pelo seu esporte do que Pelé fez pelo futebol. O responsável pelo Jogo Bonito, estilo de jogo mais admirado e cultuado do mundo, rompeu barreiras, abriu fronteiras e uniu diferentes em uma época onde os meios de comunicação eram limitados e a tecnologia que usamos não passava de mera ficção.

Pelé levou o nome do Brasil a lugares inimagináveis, remotos, que sequer sabemos que existe. Nenhum presidente, político, artista ou qualquer outro brasileiro alavancou nosso país no exterior como Pelé. O Rei fez o Brasil ser conhecido nos quatro cantos do mundo em uma época que o país era desconhecido ou ignorado. Graças a ele somos o país do futebol, ideia que nos orgulhamos de ostentar onde fomos.

Esse pequeno texto não é uma avaliação da carreira do Rei. Isso pretendo fazer em publicações posteriores pois para falar todos os textos do mundo não bastam. Mesmo sabendo do seu estado de saúde e que a sua morte era iminente, confesso que não estou preparado para falar de Edson Arantes do Nascimento, o Dico, o Gasolina, o Rei Pelé.

Só tenho a agradecer ao senhor por tudo que fez pelo Brasil, por resgatar a autoestima de um povo marcado pelo complexo de vira-lata. O senhor ajudou a moldar nossa identidade e a nos fazer entender que podemos ser referência mundial. Nenhuma soberania foi tão marcante na história do esporte quanto a Era Pelé e a seleção brasileira que ele liderou entre 1956 e 1971.

Infelizmente não o vi em campo, mas o peso da figura, o impacto da sua representação para nós brasileiros independe de tê-lo visto jogar. Como Galvão Bueno escreveu, o Edson partiu, mas o Pelé é eterno. Do fundo do meu coração, Obrigado Rei!

 

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