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Mostrando postagens de setembro, 2023

REAL MADRID E A FALTA DE UM 9

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Escrever sobre a carência de camisas 9 no futebol mundial no momento parece ser uma obviedade. Pouquíssimos times tem a felicidade de contar com um centroavante que pode entregar de 30 a 40 gols por temporada. Barcelona, Manchester City e Bayern de Munique provavelmente são os únicos times com camisas 9 consolidados; titulares absolutos da posição que ocupam. Agora, nenhum time do mundo sente tanto a falta de um camisa 9 quanto o Real Madrid. Talvez o time espanhol seja, ao lado do Bayern, os times que mais se identificam com o sistema que defenda o camisa 9. A diferença é que o time alemão resolveu o seu problema: pagou 100 milhões de euros ao Tottenham pelo artilheiro e capitão da seleção inglesa, Harry Kane. No caso do Madrid, a diretoria optou por uma jogada arriscada: não contratou ninguém para substituir Benzema. A razão da tática do Madrid em abrir mão do 9 tem uma explicação: o time tem a certeza de conseguirá fisgar Mbappé, do PSG, de graça a partir da próxima temporada,

BRASIL RETORNA À REALIDADE

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Confesso que escrever sobre a vitória do Brasil sobre o Peru por 1 a 0, em Lima, é pouco gratificante. As eliminatórias sul-americanas para a copa do mundo são moldadas para classificar Brasil e Argentina, que certamente estarão no próximo mundial. Com 48 seleções a partir da próxima copa, brasileiros e argentinos vão se classificar mesmo se jogarem com suas equipes juvenis. Agora, mais importante do que vencer o Peru e confirmar a liderança da tabela das eliminatórias, foi entender que o ciclo que será comandado por Diniz ou Ancelotti não será tranquilo como foi o período de Tite. Quando o ex-treinador do Corinthians assumiu a seleção, pegou terra arrasada. A estrutura praticamente não existia e a cobrança interna por resultados positivos, tampouco. Tite soube recuperar a equipe desmoralizada pelo 7 a 1, com duas eliminações vexaminosas em Copa América e transformou a seleção novamente no bicho papão do continente, temida até pelos argentinos. Até que vieram os dois mundiais e....

A CRISE ALEMÃ NÃO TEM FIM

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  Escrever sobre a crise que acomete a seleção alemã é inusitado. Um time sempre marcado pela organização defensiva, pragmatismo e por sempre chegar as finais dos torneios que disputa dificilmente enfrentou crises, principalmente nos métodos utilizados dentro e fora de campo. Por isso é estranho fazer esse texto sobre a crise estrutural da seleção tetracampeã do mundo. A última crise desse porte enfrentada pela seleção alemã foi em 2004, em razão da eliminação precoce na primeira fase da Eurocopa, disputada em Portugal. A federação nacional fez uma grande reformulação que foi do corpo diretivo até a comissão técnica: o então treinador da equipe, Rudi Voller, vice-campeão mundial em 2002, deu lugar ao ídolo e novato como técnico, Jurgen Klinsmann. Para ter uma ideia, foi a última vez que um treinador da seleção foi demitido do cargo. Esse “tabu” foi quebrado neste fim de semana. A federação alemã anunciou a demissão de Hansi Flick, ex-treinador do Bayern de Munique que assumiu a s