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MENOTTI TEM RAZÃO

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  “Me dá vergonha o que acontece com o Brasil. Eu vivi uma época maravilhosa deles, na Copa do Mundo de 1970”. “Acredito que há uma decadência cultural. E não entendo como se pode jogar tão mal, sem sustentar toda a sua história brilhante. ” As frases de indignação acima poderiam ser de qualquer brasileiro. Mas não são. Pertencem ao argentino César Luís Menotti, treinador campeão com a Argentina em 78 e considerado o maior treinador da história do seu país, nosso maior rival. Destaco isso para demonstrar o impacto da má fase que assola o futebol brasileiro, marcado por seguidos vexames em todas as categorias de seleções, da base ao profissional, feminino ou masculino. Irrita até os nossos rivais. A indignação expressada por Menotti tem lógica. O argentino considera Pelé o melhor jogador da história e defende o seu ponto de vista com uma lucidez e paixão poucas vezes vista. Além disso, considera o Brasil de 70 a melhor equipe a pisar no campo de jogo. Seu desabafo advém do fato de

VINI JR E O DILEMA SELEÇÃO E CLUBE

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Vinicius Jr é o melhor jogador brasileiro da atualidade e um dos melhores do mundo. Isso é indiscutível. Contudo, a medida que o brasileiro vai subindo de patamar no Real Madrid, se convertendo no principal jogador do time, um velho dilema surge: a diferença do nível de atuação do camisa 7 no clube e na seleção. A discussão voltou com força após o jogo magnifico de Vinicius contra o Barcelona, valido pela final da Supercopa da Espanha que terminou com goleada e título do Madrid. Como eu disse, esse dilema é velho e abrangente. Prefiro destacar dois casos que assisti na infância/adolescência, envolvendo craques que hoje são venerados pelos torcedores: Rivaldo e Ronaldinho. No caso de Rivaldo, o auge dessa discussão foi no ciclo 98/2002, período bem difícil para a seleção. O então principal jogador do Barcelona era acusado de não conseguir fazer na seleção as atuações espetaculares que tinha no clube espanhol, que lhe rendeu o prêmio de melhor jogador do mundo em 1999. Nesse período,

FIFA DESMORALIZA O THE BEST

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O dia 15 de janeiro de 2024 vai ficar marcado no mundo do futebol como aquele em que ocorreu a premiação mais constrangedora de um evento organizado pela FIFA. Entregar a Messi o prêmio de melhor jogador do mundo em 2023 não tem justificativa. Faz mal a premiação, a FIFA e ao próprio Messi que, acertadamente, sequer compareceu ao evento. Escapou de um constrangimento absurdo. O prêmio expõe os critérios confusos da FIFA, determinando que a política executada nos bastidores tem um peso maior que o rendimento dentro de campo. Aliás, não bastasse o absurdo de premiar Messi, o evento ainda sofreu com a ausência dos demais finalistas: Haaland e Mbappé. Dos três citados, apenas o norueguês é merecedor de estar no páreo. Messi, após a copa do mundo, fez um final de temporada fraco com o PSG e depois se mudou para a MLS que, convenhamos, não é parâmetro nenhum para indicação ao prêmio de melhor jogador do mundo. Mbappé, embora tenha feito mais gols que Messi, também sucumbiu ao final de te

OS DESAFIOS DE DORIVAL

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  Dorival chegou e vai pegar terra arrasada. Os interinos, Ramon e Diniz, não deixaram nada de positivo que o novo treinador possa aproveitar. Trabalhos ruins, resultados horríveis e legado zero durante a Era dos Interinos. Os desafios de Dorival não serão poucos e o tempo é inimigo. E não se iluda Dorival: se não entregar bons resultados o mais rápido possível, a demissão é certa. O novo treinador terá como primeiro desafio formar uma equipe. A espinha dorsal de Tite não existe mais. Será preciso um novo desenho tático e, em virtude dos últimos trabalhos de Dorival, provavelmente será o clássico 4-4-2 com um losango no meio-campo. Dito isso, o técnico precisa encontrar novos laterais. O Brasil não produz laterais confiáveis a muito tempo. Organizar a defesa, tão vazada ultimamente, é outro desafio. Insistir com Marquinhos? Apostar em Beraldo? Esperar a volta de Militão? Dorival se deparará com um enorme ponto de interrogação defensivo. No meio, contará com os retornos de Casemiro

MADRID AMASSA UM BARÇA DEPRIMENTE

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Real Madrid e Barcelona disputaram a final da Supercopa da Espanha neste domingo, na Arábia Saudita. Bem, o Real Madrid disputou. O Barcelona assistiu. O clássico, no geral marcado pelo equilíbrio, teve qualquer coisa menos equilíbrio. O Real Madrid amassou o arquirrival sem piedade, impondo um 4 a 1 inapelável que não foi mais elástico porque os merengues tiraram o pé no final. Uma partida que deveria ser muito disputada, não chegou nem perto disso. Um Madrid intenso, objetivo, faminto, enfrentou um Barcelona preguiçoso, com marcação frouxa e defesa adiantada. Quando um time joga com defesa alta e não aperta a marcação a frente, o caminho do caos está traçado. Foi isso que aconteceu com o Barcelona. Os jogadores claramente estavam em outra rotação: o Madrid, ligado o tempo todo, não desperdiçou as chances que teve, o Barça, bem devagar, com uma posse de bola inútil, tocando para o lado, não ofereceu resistência. Bom para Vinicius Jr (3 gols) e Rodrygo (1 gol), que não encontraram